Nessas
últimas semanas tenho relembrado bastante as viagens que fiz (talvez porque
agora não posso mais viajar) : os lugares maravilhosos, as situações
engraçadas, as dificuldades, os instantes de magia que cada passeio tem.
Então,
para voltar ao blog tranquilamente, decidi falar dos 8 lugares (queria uma
lista de 5, mas seria injusto deixar alguns lugares de fora) que mais
me deslumbraram dos diferentes países que visitei.
- Templos
de Angkor (Cambodia)
Os
templos de Angkor representam para mim a harmonia entre natureza e ser humano.
Esses
templos foram construídos há mais de mil anos e depois de abandonados pelo
homem a natureza os ocupou com toda sua graça.
A
mistura desses dois trabalhos resultou num lugar fascinante que me fez viajar
através do tempo e que me mostrou o poder da natureza.
05/2012 - Cambodia : Templo de Bayon.
05/2012 - Cambodia : Templo Ta Phrom e raizes de paneira destruindo a construção.
05/2012 - Cambodia : Templo Ta Phrom e plantas
05/2012 - Cambodia : Templo Preah Khan
05/2012 - Cambodia : Templo Bantey Srei.
05/2012 - Cambodia : Angkor Wat.
- Grande
barreira de corais (Austrália)
A
natureza em todas suas cores e formas. Nunca vi tanta diversidade marinha e
tantas cores reunidos num único lugar.
Foi
emocionante nadar no meio de estruturas que se formaram pacientemente ao longo
dos anos e no meio de tantos peixes, moluscos, esponjas, etc.
Fiquei
muito feliz de ter visitado a barreira, foi a concretização de um objetivo
(aprendi a nadar para poder visitar os corais !).
12/2014 - Australia: Vista da cidade de Cairns, em rumo à Grande barreira de corais.
12/2014 - Australia: Primeira parada na parte externa da Grande barreira de corais.
12/2014 - Australia: Segunda parada na parte externa da Grande barreira de corais.
12/2014 - Australia: Peixes cabeçudos.
12/2014 - Australia: Corais muito coloridos.
12/2014 - Australia: Corais abundantes e muitos peixes. Pena que nas fotos eles não são visiveis, mas ao vivo era muita abundância!!
12/2014 - Australia: A esquerda uma concha "azul" e no meio das anêmonas o peixe-palhaço (tem que olhar com boa vontade para vê-lo!).
- Islândia
País
onde a natureza é a principal vedete, onde ela se exprime nas suas formas mais
rústicas e primitivas.
A
imensidão das paisagens me surprendia a cada quilômetro percorrido ao longo da
« ring road » (estrada circular). Tive a impressão de estar
descobrindo um planeta Terra inabitável, de fazer parte do ambiente natural.
Na
Islândia você percebe que é pequeno, frágil e insignificante frente a imensidão
do planeta. Sobretudo, você entende o poder da natureza, embora rústica, bela
nos pequenos detalhes.
05/2014- Islândia: Reykijavik
05/2014- Islândia: Thingvellir, uma das assembléias mais antigas do mundo.
05/2014- Islândia: Selfoss, uma das cascatas do Circulo de ouro (Golden circle - é um circuito curto, partindo da capital, onde é possivel ver um resumo das paisagens islandesas).
05/2014- Islândia: O geysir mais ativo da ilha. A aguas emana do centro da terra a casa 15, 20 minutos.
05/2014- Islândia: Dyrholaey - praia negra no sul do pais e muito bonita. Também o lugar onde vivi a pior tempestade e ventania da minha vida. Se não fosse meu companheiro me segurar, teria sido levada pelo vento, como balões de gaz.
05/2014- Islândia: Fjadrargljufur, sul da Islândia. O lugar é tão explendido quanto seu nome é impronunciavel. Um canyon isolado e magico. Um dos lugares mais bonitos que ja vi na vida.
05/2014- Islândia: Algum lugar entre Hof e Jokulsarlon (costa sudeste da ilha).
05/2014- Islândia: Jokulsarlon, lingua de glaciar, no sudoeste da ilha. Muito bonito!
05/2014- Islândia: Em algum lugar perto de Egilsstadir, no leste da Islândia.
05/2014- Islândia: Quase um dos pontos mais ao Norte da Islândia.
05/2014- Islândia: Snaefellsjokul - oeste da ilha, na peninsula de Snaefellness. Lava e musgo.
05/2014- Islândia: Snaefellsjokul - praia de lava. A lava foi consolidada em contato com a agua do mar. Ao caminhar por entre as rochas, você imagina o encontro do fogo e da agua. Lindo!!!
- Ilha
Grande (Brasil)
A imagem que tenho do paraíso é representada por Ilha
Grande (no estado do Rio de Janeiro).
As paisagens são belíssimas, pouco modificadas pelo homem, onde a natureza reina.
A vegetação é exuberante, as praias têm areia fina, águas
claras e a vegetação na beira da praia foi mantida intacta. Não há milhares de
construções que desnaturam a paisagem como em varias praias "paradiziacas" ao redor do mundo.
Adorei esse lugar e certamente quero voltar para passar mais
tempo e fazer mais trilhas.
- Sul
da Nova Zelândia
A ilha do sul da Nova Zelândia (mais precisamente a costa
oeste e os arredores de Queenstown) me surpreendeu pelas belas e diferentes
paisagens, dignas dos filmes « Senhor dos anéis » (e foram nesses mesmos
lugares que eles fizeram muitas das cenas dos filmes).
Já vi algumas florestas durante minhas viagens, mas nenhuma
é tão única como a da Nova Zelândia. O verde é diferente, as árvores lembram
samambaias gigantes, a mata é densa e sempre coberta por um musgo que enche a
floresta de vida.
Eu gosto muito de montanhas e os arredores de Queenstown são
um verdadeiro prazer aos olhos de amadores de lagos cercados por paredões.
A cidade de Queenstown também tem uma vista belíssima. Eu sinceramente
tive vontade de abandonar tudo para viver tranquilamente nessa cidade, mas como
não tinha nenhum plano concreto, voltei : (
- Fiordes
(Noruega)
O
tamanho dos fiordes noruegueses foi o que mais me impressionou. Me sentia um
pequena formiga ao lado de um elefante. Me lembro do degradé de cores :
azul escuro da água, a rocha cinzenta, a camada verde das árvores e por fim a
neve nos picos.
- Grande
canyon (Estados Unidos)
Quando
vi pela primeira vez uma vista do Grand canyon me disse que esse lugar
tem o nome que merece. É grande, é imenso, é gigantesco.
Fico
imaginando quantas transformações houveram no local para construir tamanha
beleza. No fundo um pequeno rio corre tranquilamente no meio de barreiras
rochosas que se alternam formando um degradé de cores quentes magnífico.
Mais
uma vez me senti um pequeno ser no meio de tanta imensidão. A natureza é muito
poderosa. Os homens podem construir cidades, mas nada é comparáveis aos
trabalhos naturais de milhares de anos.
08/2015 - Grand Canyon: Vista da trilha de 8h que fizemos sob um sol de 42°C. Mas valeu a pena!!
08/2015 - Grand Canyon: Detalhes das formações rochosas.
08/2015 - Grand Canyon: Detalhes das formações rochosas.
08/2015 - Grand Canyon: Panorâmica do canyon.
08/2015 - Grand Canyon: O rio cortando as montanhas.
- Cataratas
do Iguaçu (Argentina/Brasil)
Me
arrepio ao lembrar o som que a água fazia ao cair na Garganta del diablo.
Ela chegava plana e calma e de repente, um salto de vários metros, um barulho
comparável ao estrondo de um trovão, a água descendo com força bruta e se
espirrando para todos os lados.
Inesquecível.
Os
parques têm uma vegetação exuberante à qual não faltam água nem sol. O
contraste do verde da mata, do branco das cascatas e do céu azul e claro
ficarão na minha memória.
Me
sentia mais uma vez (depois de visitar Angkor) uma Indiana Jones desbravando as
belezas da natureza.
02/2014 - Cataratas do Iguaçu: Quedas vistas do lado brasileiro.
02/2014 - Cataratas do Iguaçu: Garganta do diabo (lado Argentino).
02/2014 - Cataratas do Iguaçu: Quedas vistas da trilha do lado agentino.
02/2014 - Cataratas do Iguaçu: Mais quedas do lado argentino (preciso dar o braço a torcer e admitir que o lado argentino é mais bonito que o brasileiro e que a estrutura turistica deles é melhor, além de preservar um lado mais natural das trilhas - no lado brasileiro fizeram trilhas cimentadas, quebrando um pouco a magica do local).
Terminando
essa lista percebo que o ponto comum entre eles é a natureza. Ela sempre me
impressiona, cria os melhores momentos que guardo das viagens na minha cabeça.
Vou
filosofar um pouco, mas é sincero, nós não temos noção do que estamos
destruindo por causa de ambição, conforto, poder e sei lá mais o quê. Hoje
ainda podemos visitar esses lugares, mas será que ainda estarão presentes daqui
alguns anos ?
Por
exemplo, tenho amigos que visitaram a barreira de corais, mas ficaram
decepcionados com a falta de cores e de exuberância marinha. Não são mais todos
os pontos que nos proporcionam belas experiências.
As
próprias cataratas não representam talvez um terço da potência das sete quedas
que foram destruídas para darem lugar a hidrelétrica de Itaipu.
A
questão que não paro de me perguntar : onde vamos parar com tanto descaso
com a natureza ? Ela tem tantas coisas boas e belas para nos fornecer, por
que não a respeitamos ?