O incoveniente é que ele passava no
final do dia e às vezes eu passava à tarde inteira na faculdade para pegar o
Místicus (nome que aparecia na lateral do ônibus, decorado com meteoros dando
um movimento de explosão ... quase “my bus rock; baby”).
Esse ônibus tem história por conta
das criaturas que o frequentavam. Só um detalhe: o fretado era para o povo que
morava na Zona Leste.
As grandes figuras eram: Everest
(nome oficial Montanha) – estudande de farmácia e pesquisador de escrementos
humanos (sim as histórias eram sobre esse assunto), O casal de namorados –
viviam se agarrando no ônibus, menininha da matemática – uma menina chatiha que
implicou com a gente, o Vladimir – motorista do ônibus com aquele mulets básico
no cabelo e camisa aberta mostrando os pelinhos, as meninas simpáticas da Poli
– eu e minha amigas!
História 1: Dos micos os menores ...
Minha amiga de classe e eu estávamos
estudando química de tensoativos durante o trajeto até em casa. Ficávamos
perguntando questões uma para a outra durante a hora e meia de transporte.
Quando estava chegando no ponto
dela, ela começa a se arrumar e vai colocar a bota dela. Só que um dos pares da
bota tinha desaparecido!
Ela começa a procurar e não acha.
Vai manquando até o motorista e pede para ele ascender a luz, pois tinha
perdido “alguma coisa”.
Todo mundo acorda com a luz que
ascende e começa a procurar a tal da bota. Enquanto isso, ela pede para eu
avisar o motorista que não precisa parar, pois ela ainda não achou o que tinha
perdido.
Eu vou lá ver o motorista e digo que
ele pode tocar o ônibus que minha amiga ainda não tinha achado o sapato dela
...
No final o casal de namorados achou
a bota e minha amiga so passou vergonha!
História 2: Corra Forrest, corra.
Saímos do laboratório de física,
após quatro horas de experiências com ondas ou sei o lá o quê. Estávamos meio
em cima da hora para pegar o Místicus e para completar, tinha greve e muitos
ônibus de linha não funcionavam.
Quando descíamos a rampinha que dava
para a avenida onde ficava o ponto do fretado, vemos o Místicus passar. Aí
pronto, desesperada eu saio correndo atrás do ônibus, com materiais escolares,
xarope na mão (estava mega doente com tosse), gritando com aquela voz rouca
para o ônibus parar.
Nisso um amigo que estava no ponto
começa a correr também atrás do ônibus, fazendo sinal para ele parar. E nada,
ele continuava e eu corria atrás como uma louca.
No final, ele parou. Dei graças a
Deus e entrei feliz. Minha outra amiga nos recebeu à gargalhadas e nos disse
para agradecer o casal de namorados que nos viu correndo como doidas e alertou
o motorista!
A parte dois das historias do Misticus continua no proximo post de memorias.
Um comentário:
Místicus... uma lenda
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