História 3: O dia que eu conheci o HU (Hospital
Universitário)
Quando o assunto é exame de sangue
ou cortes, me sinto mole, dá aquela aflição na veia do braço e muitas vezes eu
desmaio só de ouvir falar.
Dessa vez não foi diferente. Quando
você é jovem, você é mais simpático e dá trela facilmente para as pessoas. Eis
que uma menina nova senta ao meu lado no fretado. Apesar de ser 6 da manhã, nos
engajamos no maior papo.
Papo vai, papo vem, ela começa a me
contar a história da doação de sangue que ela fizera. Eu ouço paciente e aí
começo a passar mal. Já estávamos na Cidade Universitária e como par hazard, estávamos perto do Hospital
Universitário.
Quando eu caí de batata no banco,
minha amiga pede para parar no HU e pede ajuda para me descerem. Mais uma vez o
casal de namorados no ajuda.
Fico lá na sala de espera, toda
branca, mole e suando. Depois de mil horas de espera, um médico (bonitão) me
atende. Explica a história (vergonhosa) para o médico e é óbvio que eu não
tenho nada e só fiquei impressionada com a história.
Perdi uma manhã de aula à toa. Pelo
menos, depois disso meus amigos sabiam que não adiantava me levar no hospital
quando eu desmaiasse por causa de sangue.
História 4: O dia em que o ônibus se revoltou
contra nós
Já era o
final do primeiro ano de Poli, ou segundo ano, não me lembro direito. As
panelinhas do fretado já estavam formadas: o Everest, a menininha da
matemática, o casal que se pegava e nós, as três lindas e simpáticas da
engenharia (vide esse post, para mais detalhes).
Era um dia
depois das provas, estávamos cansadas e com a língua solta.
Durante as
duas horas de trajeto, não paramos de conversar e de dar risadas. Naquele
estilo bem jovem e às vezes histérico de ser ...
Só sei que
no meio do caminho eu começo a sentir minha cadeira balançar e uma pressão nas
costas. Eu me digo, ah é o Everest que está sentando atrás de mim. Ele é
grande, troncudo, deve estar colocando o joelho contra minha poltrona.
Bom, a
pressão não passa e para não me irritar, desencosto do banco. Conversa vai,
conversa vem, gargalhadas à solta.
De repente,
o Everest levanta-se com todo sua massa e volume e grita: “Dá pra parar de
TAGARELAR?”.
Huumm que
medo. Minha amiga, educadíssima pede desculpas para ele.
A menininha
da matemática não deixa de aproveitar a situação e lança: “Vai ter que pedir
desculpas para mim também”, com direito às pontas dos dedos encostadas no
peito.
Aí ficamos
quietas, mas não tinha problema, desceríamos logo e não veríamos as figuras por
um tempo ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário