Templo de Bayon
Minha vontade de ver esse templo era
maior do que a de conhecer Angkor Wat. Isso por causa de uma emissão francesa
(Pekin Express) que mostrou e falou bastante desse templo. Depois de Ankor, é o
segundo templo mais conhecido da região.
Bayon foi construído no final do
século 12 et início do 13 pelo rei Jayavarman VII. Inicialmente foi dedicado ao
budismo, depois ao hinduísmo e no fim virou novamente budista (theravan – outro
tipo de budismo).
Ele fica no meio da cidade Angkor
Thom (Cidade grande). Angkor Thom abriga vários templos, foi cercada por fossas
(com crocodilos!) e o que impressiona são os portais que a cercam.
Esses portais têm cabeças no topo e
uma linha de homens guardando a entrada. Acho que a foto explicará melhor que
minhas 30 palavras.
Cambodia - 05/12: Entrada de Angkor Thom. Detalhe dos gardiões da porta.
Cambodia - 05/12: Entrada de Angkor Thom. Detalhe para as cabeças esculpidas na porta de entrada (e os turistas chineses de guadra-chuva).
Voltando ao templo, ele é famoso pelas várias faces esculpidas nas inúmeras torres do templo. Se pessoas reclamam das câmeras de segurança e de serem vigiadas o tempo todo, Bayon é um lugar onde você nunca está sozinho. Há faces por todos os lados, te olhando de frente, de costas e de perfil.
Dizem que a idéia principal do templo era representar a omnipresença de um deus da época. Cada torre tinha quatro faces e quatro torres apontavam para os quatro pontos cardinais, ilustrando que Lokesvara (o deus) estava de olho em todas as direções.
Outros dizem que as cabeças ilustram a cara do rei, outros dizem que representa cada província do reino, há quem diga que as cabeças representam Brahma. Em todo caso, a omnipresença é sempre citada e não tem como ser negada.
A base do templo era formada por galerias internas e externas, cujos muros representam algumas histórias e o dia a dia do povo khmer. Muitas cenas de batalha e da vida comum são talhadas nas galerias externas. Nas paredes internas são representados os principais deuses hindus.
Cambodia - 05/12: Bayon, entrada norte do templo, parte baixa.
Cambodia - 05/12: Bayon - Detalhe muros galerias baixas.
Cambodia - 05/12: Bayon - detalhe dos relevos. Parecem mostrar uma batalha.
Cambodia - 05/12: Bayon - Apsaras (dançarinas) desenhadas em uma das inumeras colunas de Bayon.
Cambodia - 05/12: Bayon - Cabeças e muros.
Na parte superior do templo estão as cabeças. Olhando para todos os lados, com um ar sereno e pacífico. No centro hà o santuário que continha uma estátua de Buda de 3,6 metros.
Infelizmente não sei mais detalhes do templo, apenas sei que ele é maravilhoso e que fiquei arrepiada ao visitá-lo. Como as pessoas conseguem fazer coisas tão grandiosas e com tanto significado? Como nós somos pequenos e finitos perto de tantas civilizações e tantas coisas que passaram pelo mundo.
Gostei também da mistura civilização que foi atacada pela natureza, a cor da pedra cinza com o musgo verde, os raios de sol criando sombras e criando outras facetas das multiplas faces. Enquanto escrevo tenho vontade de voltar lá, deixar as faces me olharem enquanto eu olho a floresta em torno do templo, enquanto eu deixo o sol bater no rosto e minha face fica vermelha.
Cambodia - 05/12: Bayon - Parte superior do templo e cabeças.
Cambodia - 05/12: Bayon - Detalhe dos rostos das cabeças - muito pacificas.
Cambodia - 05/12: Bayon - Santuario.
Cambodia - 05/12: Cabeças everywhere!
Cambodia - 05/12: Um dos raros budas encontrados nos templos de Angkor.
Cambodia - 05/12: Bayon visto do leste - Big picture.
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