Templo Ta Prohm
Esse templo chama atenção pelo
estado em que foi deixado. Quando descoberto pelos ocidentais Ta Prohm estava
completamente invadido pela natureza. Por invadido, entenda árvores que
nasceram no meio das ruínas, sobre o templo e sob o templo.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Templo encrustado na natureza.
Ao visitá-lo, tive impressão de ser
uma arqueóloga desbravadora (como Indiana Jones ou Tomb Rider) que se depara
com uma preciosidade no meio da floresta. Os arqueólogos ocidentais que
“descobriram” o local, decidiram deixá-lo da maneira como o encontraram, sem
restauração. Hoje, como as árvores estão relamente destruindo os muros, eles decidiram
restaurar o Ta Prohm e retirar as árvores.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Ruinas do templo.
Porém algumas delas estão tão encrustadas nas pedras, que se tiradas comprometem a estrutura do prédio e tudo pode cair de uma hora para outra.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Arvore utilisando templo como suporte.
O Ta Prohm (ancestral de Brahma) foi
contruído em 1186 e o nome original Rajavihara (templo real) indicava que o
templo era a residência do rei. O prédio foi dedicado à mãe do rei e uma das
imagens mais importantes fora modelada usando a imagem da mãe.
12500 pessoas viviam nesse templo.
Esse tipo de prédio é plano – não tem formato de pirâmide e tem um santuário no
centro, cercado por uma biblioteca e corredores de dançarinas.
O templo ocupa uma superfície de
600m por 1 km e continha 39 torres, 260 estátuas
de deuses e 566 grupos de residências. Diz-se que havia muitos objetos de luxo
no local, como pratos de ouro, diamantes, porcelana da China, peças de seda.
Certamente esse templo era monumental na sua época.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Uma das torres centrais.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Detalhe da torre, janelas e desenhos esculpidos. Um templo charmoso.
Mais uma vez, eu tenho me projetar
no passado e imaginar quão suntuoso deveria ser esse local. Fiquei
impressionada com a delicadeza e fineza dos relevos desenhados nos muros e com
a superposição das pedras que formam as paredes. O degradé de cores entre
cinza, verde musgo e rosa avermelhado mostra a evolução do templo ao longo dos
anos e atiça mais ainda a imaginação. Essas imagens e as árvores gigantescas
encrustadas no templo mostram o quanto ele é robusto e frágil ao mesmo tempo.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Detalhe de uma das torres. Musgo, pedra e pintura se fundem.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Interior de uma das galerias que cercam a parte central do templo. Detalhe para pedras estocadas e arquitetura do teto.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Detalhe de relevo esculpido. Deus hindu e Nasga protegendo o templo.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Detalhe figura feminina desenhada num dos muros do templo.
Robusto por deixar alguns traços depois de anos de história e frágil por ser consumido pela natureza ao longo dos tempos.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Mais arvore sobre o templo.
Cambodia - 05/2012: Ta Prohm - Templo destruido por arvores.
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