... borboleta pequenina saia fora do rosal, venha ver quanta alegria que hoje é noite de natal!
Essa música era abertura de uma
novela chamada “Meu pé de laranja lima” (adaptação de um livro com mesmo nome),
que minha mãe assistia quando morávamos na casinha.
A casinha foi a única casa que
moramos, enquanto o apartamento ficava pronto. Era uma casa com uma sala, um
quarto e um banheiro para cinco pessoas.
A música me faz lembrar dessa época
feliz da minha infância. Época em que eu me sentia livre como uma borboleta,
andando para baixo e para cima, correndo, pulando, brincando com a vizinha e
brigando também ...
Minha infância foi feliz, mas a
melhor parte dela foi a casinha. Nunca brinquei tanto, nunca estive com tanta
saúde, embora as chuvas, pés descalços e correntes de vento. Tinha várias
amiguinhos que não brigavam comigo porque eu era nerd.
Até carrinho de rolimã eu fiz! O
maior trambique para conseguir as rolimãs usadas. A gente visitava um monte de
oficina para conseguir as rodinhas de graça, pedaços de madeira graciosamente
pegos de um quintal, pregos detachados de móveis velhos. Até acidente tivémos
com o rolimã (mas essas não são minhas memórias).
Brincávamos de esconde-esconde no
mercadão do bairro. Não sei como os vendedores tinham paciência com a gente que
nos escondíamos atrás de suas bancas, por entre as pernas. Pega-bandeira,
elástico, amarelinha, vivo-morto, escolinha. Chegava da escola, fazia a lição e
saia correndo brincar. Vida boa!
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