Hoje é Natal. Apesar de hoje ser o grande dia, eu gosto mesmo é da véspera. É na véspera que ocorre a grande ceia, onde você come come nunca, é também quando compartilhamos presentes. O espírito natalino é muito mais forte no dia 24 que no dia 25.
Ontem preparei minha ceia de Natal. Como em toda boa mesa natalina francesa, o fois gras não poderia faltar. Como prato principal fizémos raclette e de sobremesa crumble. Foi um Feliz Natal.
Voltando ao espírito natalino, fiquei surpresa ao ver o quão consumistas as pessoas são. Nos últimos 15 dias, o comércio parisience pegou fogo. Todas as lojas lotadas, as pessoas com várias sacolas e gastando muito dinheiro.
Outro dia eu estava no metro e entrou um pedinte, ele olhou para todas aquelas pessoas com sacolas e gritou: “Vocês não têm vergonha de comprar tantas coisas e gastar tanto dinheiro enquanto eu passo fome?”
Voltei para casa e fiquei pensando quem tinha a razão?
Acho que o mendigo não tinha muita razão. As pessoas trabalham e têm o direito de usufruir do seu esforço. Além disso, nos impostos que pagamos, está inclusa a participação contra a exclusão social. A miséria do mendigo não é culpa do cidadão, talvez a máquina pública não é eficiente na utilização dos recursos.
Em todo caso, nessa época as pessoas exageram e gastam de mais, mas é também é a época em que as pessoas são mais generosas e pensam em ajudar o próximo.
O Natal é um mixto de consumismo e de solidariedade, mas no final as pessoas ficam mais felizes e é isso que importa.
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