25 de agosto de 2012

Espanha - Granada - Parte II

No primeiro post sobre Granada faltou mostrar os « Palacios Nazariés » e algumas fotos da cidade.

Esses palácios (Mexuar, Comares, Palácio dos Leões) foram construídos no século XIV e foram influenciados pela arquitetura « nesrides » que tem o nome da família árabe que reinou na época. Muitos elementos de inspiração persa e muçulmana foram utizados. Os detalhes de paredes e tetos são maravilhosos e percebe-se o capricho do trabalho na pedra, madeira e das pinturas.

Eu fiquei impressionada com as cores e a riqueza dos detalhes. Outro elemento bastante utilizado é a água. Nos palácios nesrides eles tentam reproduzir o paraíso (jardim em árabe) construindo jardins com várias fontes d'água.


Granada - 03/2012: Palacio Mexuar - onde eram realizados os conselhos de ministros e do rei.  Detalhes para os azuleijos e colunas do teto.

Granada - 08/2004: Palacio Mexuar.

Granada - 08/2004: Fachada dos Comares - construida em 1370 para comemorar a vitoria em Algeciras. A fachada separa a area publica da area privada do palacio Nesrides.

Granada - 03/2012: Salão de Ouro - onde o sultão recebia seus vassalos.

Granada - 03/2012: Patio de Arrayanes - terraço que separa os diferentes aposentos da familia real.

                                                      Granada - 03/2012: Patio de Arrayanes - Detalhe da decoração.

                 Granada - 03/2012: Sala dos Embaixadores - também chamada de sala do trono, pois o sultão ali governava.


  Granada - 03/2012: Detalhe do teto da sala do trono.

  Granada - 03/2012: Sala das duas irmãs - fabuloso teto. Reparar nas esculturas que vão elevando o teto cada vez mais, dando a impressão de estalactites. A sala des duas irmãs era uma ante-chambre para a sala do sultão. 


Granada - 03/2012: Sala das duas irmãs -  Uma parte da sala.

Granada - 08/2004: Palacio dos Leões - construido apos o palacio dos Comares, entre 1370 e 1390, ele é hoje o simbolo da Alhambra e o exemplo maximo da deliocadeza da arte nesride. Além do simbolo, a fonte é fundamental no sistema de agua que corre pelo palacio, regulando os fluxos de agua, sem que nada vaze das canalizações.

Granada - 08/2004: Palacio dos Leões - Detalhe da fonte.

                                                Granada - 03/2012:   Patio dos leões - detalhe para os muros e teto interiores.


  Granada - 03/2012:   Patio dos leões - detalhe para os muros exteirores e colunas de marmore.

Infelizmente, não são todas as salas dos nesrides que são abertas às visitas. De tempos em tempos, acho que em função das reformas eles abrem e fecham certas salas. Quando eu fui, o pátio dos leões estava todo em reformas, uma pena.

Além de fechar salas, as visitas são feitas por grupos de pessoas e com horário marcado. Se perder o horário, perde a visita do palácio. Tudo pode ser agendado pelo site da Alhambra ou na hora de comprar o bilhete.

Agora só para mostrar um pouco de Granada, que não consegui visitar como eu queria, pois estava ocorrendo a famosa huelga (greve) geral (por conta da crise européia) e meu ônibus foi cancelado … Logo chegamos em Granada só no final do dia e demos de cara com uma cidade fechada! O recepcionista do hotel teve até que fechá-lo, pois os manifestantes estavama aparentemente quebrando tudo dos comerciantes que se mantivessem aberto. 
Escamos da confusão por um triz.

   Granada - 03/2012: Rua principal de Granada. Em plena semana santa, o maior frio no sul da Espanha - nada justo para quem procurava um pouquinho de sol e calor.


 Granada - 03/2012: Capela real vista de fora - fica do lado da catedral e tem que ser visitada. 

  Granada - 03/2012: Capela real vista por dentro - onde ficam as sepulturas dos reis catolicos. Foi construida em 1504. Nos chegamos muito cedo e a capela não estava aberta para visitas. Então a parte da sepultura e pinturas estava fechada (grade ao fundo).


                                Granada - 03/2012: Fonte da cidade, com a Isabel "a catolica" no troninho.

20 de agosto de 2012

Devaneios

Tempo é uma coisa que às vezes eu queria ter em dobro, triplo, mas às vezes gostaria de ter metade, um terço.
Explicação: gostaria de ter mais tempo para viajar, cuidar de mim, fazer uma atividade, sair com amigos, ficar com a família. Porém gostaria de ter menos tempo não otimizado no transporte, no trabalho, no supermercado, nas administrações públicas e por aí vai.

Por exemplo, agora eu gostaria que o meu dia de trabalho fosse dividido em dez. Gostaria de ter a cara dura de voltar para casa às 14h da tarde! Há uma hora eu olhei para o relógio e era 13h30. Li vários artigos na Internet, apaguei e-mails velhos, limpei pastas antigas. Só passou uma hora e agora me deparo com tempo de trabalho livre, em chômage technique (desemprego técnico – quer dizer que você não tem trabalho para fazer e tourne les pouces, roda os dedões, enquanto você espera serviço chegar).

Odeio chômage technique, sempre tenho sensação de tempo perdido, não otimizado. Poderia fazer as soldes (liquidação), passar roupa, preparar um bolinho, assistir seriado/filme, mas não, tenho que ficar à toa, olhando para a tela do computador ou dando voltinha entre o banheiro e a cafeteria.

Por que quando eu faço algo legal o tempo passa rápido? Por que agora o tempo não passa rápido e o fim do dia não chega logo?
É exatamente nessas situações que eu consigo entender a teoria de relatividade (divagação totaaaaal – só para clarificar, não fumei nem bebi nada, sou pisciana e dizem que este signo gosta de devanear). O mesmo tempo “passa mais rápido” ou “passa mais devagar” de acordo com o referencial.
Não é preciso viajar na velocidade da luz para descobrir isso, é só sentir o gostinho da vida moderna onde laze (eu traduzo como ócio) é perda de tempo, onde time is money (tempo é dinheiro) e não pode ser desperdiçado.

Outro dia estava discutindo com uma amiga e estávamos comentando quanto tempo fazia que não sentávamos num sofá e ficávamos vendo a vida passar. Sem fazer nada, só olhando para o teto, parede, vendo as moscas passarem.

Sim faz muito tempo que eu não faço “nada”. Sempre tenho essa ânsia de aproveitar/otimizar ao máximo meu precioso tempo. E como disse minha amiga, no final a gente nem dorme direito, pois quando você deita na cama, mil coisas passam pela cabeça. Esse é o único momento em que paramos para pensar, deixar a cachola se exprimir.

Se nós nos dessemos tempo para fazer “nada” e ficar parado refletindo, talvez dormiríamos melhor (menos insônia), resolveríamos melhor nossos problemas, tomaríamos decisões mais certeiras, lembraríamos mais que somos seres humanos que pensam.

Outro dia li um artigo de um psicólogo ou filósofo, dizendo que a geração petite poucette (pequeno polegar, pois hoje tudo é feito com um clique, um escorregar de dedo – ótimo artigo de Michel Serres sobre a nova geração confrontada às technologias do momento : http://www.liberation.fr/culture/01012357658-petite-poucette-la-generation-mutante) precisa pensar mais.

O mundo moderno, esta época que aqui vivemos, está inundada de informações e novas tecnologias. Não paramos nunca, às vezes por vontade própria, pois queremos fazer o máximo de coisas possíveis, às vezes porque o mundo que nos rodeia nos distrai o tempo todo com mil e uma informações. Esse profissional disse que o ideal é parar e pensar por horas numa semana. O ato de “pensar” ajuda a regular estresse, a argumentar, a melhorar o intelecto, a criatividade, a ser uma pessoa mais estável (menos apavorada, anciosa), etc.
Ele também dizia que os grandes pensadores, matemáticos, filósofos, inventores de séculos atràs, passavam boa parte do tempo deles pensando, observando, vendo a vida passar.

Talvez deveríamos incluir esse “matar tempo” na nossa agenda de atividades diária e quem sabe a correria desenfreada (essa é a sensação que tenho todos os dias) de transporte-trabalho-cama (expressão traduzida da frances: metro-boulot-dodo-metro-boulot-dodo-metro ... ad infinitum) se acalme um pouco.

Depois desse devaneio acho que vou aproveitar o marasmo para “pensar em nada”, antes que meu chefe venha me perguntar (leia encher o saco) algo.









7 de agosto de 2012

Espanha - Granada - Parte I


Aproveitando os inúmeros dias de férias que eu acumulei enquanto fazia o Master, fui passear no sul da Espanha.
Não é a primeira vez que visito a Andaluzia. Já passei por lá em 2004 e gostei tanto da região que resolvi voltar para relembrar os velhos tempos.

O sul da Espanha é bem diferente do norte e essa diferença é explicada pela história do país. Entre 711 e 1492 os mouros (povo árabe) ocuparam a região da Andaluzia. No começo o califado de Córdoba (onde era a capital da região inicialmente) respondia ao de Bagdad. Em 929 o califado da Andaluzia se torna independente de Bagdad e é à partir desse momento que muitas coisas boas acontecem na região.

Os califas da época trouxeram muitos desenvolvimentos na agricultura, medicina, artes (com o mecenato), arquitetura (arte nasride em Granada – capital à partir de 1238 é a última capital muçulmana).

Por volta do século final do século XI a presença muçulmana começa a declinar com as guerras de reconquista dos Castilhos.
Fernando de Castilho toma Sevilha em 1248, os muçulmanos são expulsos e uma outra história começa na região.
Determinados a expulsar completamente os muçulmanos da região, depois de muitos anos, Isabela de Castilha e Fernando de Aragão destronam em 1492 o califa de Granada.

Esse ano visitei Granada (A), Sevilha (B) e Cadiz (C). Cada vez que visito essas cidades fico mais e mais encantada com o sul da Espanha.



Granada

Última região a ser tomada pelos reis católicos. Beneficiou de muito desenvolvimento cultural e arquitetônico durante o império muçulmano. A Alhambra é o monumento mais conhecido e que representa melhor a presença árabe na Andaluzia.

A Alhambra ("castelo vermelho" em árabe, faz alusão à cor da pedra quando o sol bate) é um conjunto de palácios. Ela compreende o Alcazaba (citadela), primeiro palácio instalado, os Nesrides (palácios mais recentes e mais bonitos – estilo nasride do século XIV) e outros prédios (universidade, igreja, jardins, etc).

Granada - 04/2012: Alhambra vista do Generalife.

A citadela fica no alto de uma colina e tem vista para a Serra Nevada. Ela é toda cercada por muralhas e inicialmente a Alhambra era uma fortalez militar (século XI) e se transforma em residência real só no século XIII com a chegada da dinastia nesride.

Granada - 04/2012: Serra Nevada vista do Alcazaba.

O Alcazaba é a parte mais antiga da Alhambra e inicialmente era um complexo militar para proteger a cidade e a população de guerras e invasões. Granada era muito cobiçada graças a sua posição estratégica e região de planícies férteis.

Granada - 04/2012: Entrada da Alcazada. 

 Granada - 04/2012: Torre de Vela da Alcazaba.
                                                                Granada - 04/2012: Alcazaba vista de dentro.


Incrustado no meio da Alhambra está o palácio de Carlos V (rei Habsburgo), construído por esse rei depois da reconquista e do casamento com Isabela de Portugal (por volta de 1526). Hoje o palácio foi transformado no museu da Alhambra que contém várias peças dos diversos prédios/palácios do local.

 Granada - 04/2012: Palacio de Carlos V à direita da foto. Estilo Renascentista.

 Granada - 04/2012: Palacio visto do interior.

O Partal fica numa região de vista privilegiada. Diziam que o palácio ali construído, por volta de 1400 era o mais bonito, mas foi destruído no século XVIII.
O que restou foi o Palácio das Damas que tem um belo reflexo no lago.

Granada - 04/2012: Palacio das Damas visto do alto do Partal.

                                                                         Granada - 04/2012: Palacio das Damas e reflexo na agua.

O Palácio de Generalife foi construído por volta do século XVIII e era um espaço de recreação dos reis árabes.
Os jardins são muito bonitos e eles aproveitavam cada espaço de terra para plantar até legumes, frutas, temperos. Os reis gostavam dos aromas dos jardins e de fontes de água.

Granada - 04/2012: Alhambra vista do Generalife e plantação de salada abaixo das muralhas.

 Granada - 04/2012: Jardim baixo do Generalife com canal central. Uma pequena que as flores não tinham ainda desaborchado...

 Granada - 04/2012: Patio de la Acequia - canal de agua no meio do palacio.

                                           Granada - 04/2012: Palacio do Generalife visto da escadaria de saida. 


No próximo post vou motrar a famosa arquitetura Nesride e um dos palácios mais bonitos (se não o mais bonito) da época muçulmana. Também vou colocar algumas fotos da cidade de Granada.
Até mais.


1 de agosto de 2012

Portugal - Porto - Parte II


Esse post termina a viagem sobre o Porto e assim que eu terminar de contar minhas outras viagens dos últimos 4 meses e próximos dois meses, falarei sobre o pouco que lembro de Lisboa.

Enquanto isso, voici (aqui está) a continuação do Porto.

Outros prédios (estação de trem, prédios públicos, mercado, ruas, etc)


 Mercado do Bolhão : construído em 1839, ganhou esse nome graças ao lamaceiro que era o terreno onde encontra-se agora. Pelo terreno passava um riozinho que ali formava uma bolha d’água. Graças à essa bolha, o mercado ganhou o nome de « Bolhão ». 
Nas redondezas do mercado, encontra-se outros « Bolhões » …

Porto - 03/2012 : Mercado do Bolhão - é como o mercadão de São Paulo, mas menor.

Porto - 03/2012 : Mercado do Bolhão - açougueiro.

Porto - 03/2012 : Manteigaria do Bolhão.

 Porto - 03/2012 : Confeitaria do Bolhão.

                    Porto - 03/2012 : Ourivesaria do Bolhão. Fico imaginando se o ouro brasileiro não passou por aqui ...

Ruas e ladeirasComo mencionara no post anterior, Porto tem um relevo muito irregular, praticamente não existem áreas planas na cidade e tudo é um grande sobe e desce.


  Porto - 03/2012 : Uma das ruas que cerca o mercado do Bolhão. O que me chamou a atenção foi mais uma vez os azuleijos nas fachadas e as grandes janelas.

  Porto - 03/2012 : Predinho. Alguém tem alguma duvida que a pessoa que ai vive é portuguesa?


  Porto - 03/2012 : Uma das vistas de algum dos pontos altos do Porto. Reparem na coloração dos prédios.


           Porto - 03/2012 : Ladeirona que leva à Torre dos Clérigos. Mais uma vez os predinhos e a arquitetura tipicamente    portuguesa.

                                        Porto - 03/2012 : Praça da Batalha e seus velhinhos olhando a vida passar ...

Paços do Concelho (não eu não escrevi errado dessa vez ...): bonita praça onde fica o prédio administrativo da região do Porto. Esse nome é dado às administrações portuguesas. Ali podem ficar a câmara municipal, tribunal, registro civil, cadeia (!), etc.

   Porto - 03/2012 :  Praça da Liberdade, fica em frente ao Paços do Concelho. Tem um otimo restaurante ali por perto, o Pedro dos Frangos, que serve frango na brasa que parece comida de casa de vo'.

  Porto - 03/2012 : Paços do Concelho.


Estação de trem São Bento: inaugurada em 1896 onde era então o convento de São Bento, construído no século XVI.
A estação é conhecida pelos seus enormes azuleijos contando as façanhas de antigos reis portugueses.





A beira do Douro

O rio Douro é um rio que nasce na Espanha e que atravessa o norte de Portugal.
Várias histórias explicam o nome do rio : uma diz que o nome Douro vem do celta dur que quer dizer água, outra história diz que nas margens tinha ouro, por isso d’Ouro e outra história conta que o nome vem do fato dele atravessar terras secas, duras e escarposas,

Independentemente da origem do nome, o rio Douro é importante para a região e principalmente para a fabricação do vinho do Porto. As condições climáticas e geográficas da região do Porto facilitaram a produção de vinho que dá origem à fabricação do famoso vinho do Porto.

O vinho do Porto é difere-se dos outros pelo seu teor alcóolico (19° à 22°) e cocentração de açúcar. Essas características são obtidas graças a uma fermentação reduzida. A fermentação do vinho é parada bem cedo no processo, o que evita que todo o açúcar seja transformado em vinho. Já o teor alcóolico vem da adição de alcool (77°) no barril.

A cor e o “gosto” do vinho vêm do barril onde ele foi armazenado. Os dois tipos de Porot mais conhecidos são o Tawny e o Ruby. O primeiro fica pouco tempo nos barris e depois vai para grandes alambiques onde perde sua cor e envelhece mais rápido (maior oxidação), o segundo fica vários anos envelhecendo no mesmo barril o que deixa ele mais vermelho e com mais aroma de frutas.

Tudo isso para dizer que na beira do Douro, no Porto, existem várias fábricas de vinho do Porto, que inclusive armazenam sua produção lá. E possível visitar várias caves e degustar o vinho.


Porto - 03/2012: Caves de Porto na beira do Douro - Sandeman, Offley, Dow's, Barros, Warres, etc.

                                                                                 Porto - 03/2012: Casinhas e Douro.


                                           Porto - 03/2012: Antigas muralhas da cidade que dão na beira do Douro.


 Porto - 03/2012: Douro visto das suas margens. Ao fundo a ponte de metal feita pelo Eiffel (sim o mesmo da torre parisiense!). Essa ponte é gigantesca e muito bonita.


Porto - 03/2012: Douro à noite, visto da ponte Eiffel.

Porto - 03/2012: Margem do Douro e casinhas coloridas.

Porto - 03/2012: Barcos usados para envelhecer o vinho do Porto. Antigamente eles colocavam os vinhos nesses barcos que ficavam na beira do Douro. Aparentement o vinho pegava um gosto de mar ...

                                                                   Porto - 03/2012: Barris de Porto na cave Sandeman.

Parque

No Porto visitei um parque super agradavel, os Jardins do Palacio de Cristal.
A construção da foto abaixo substituiu o tal Palacio de Cristal. Hoje é um pavilhão para eventos. Algo parecido com a Oca, mas bem maior.

Porto - 03/2012: Pavilhão Rosa Mota, nos Jardins do Palacio de Cristal.

                                                                    Porto - 03/2012: Jardim e vista do Douro.


Porto - 03/2012: Pavão!! Depois de muito tempo seguindo-o, uma criancinha assustou o bicho e ele ficou bravo e bonito!

                          Porto - 03/2012: Mais jardim e o Douro ao fundo com uma plantação de vinho na margem oposta.