30 de agosto de 2014

Islândia: Skaftafell e Fjaðrárgljúfur

Inicialmente uma fazenda e um parque, Skaftafell foi incluído em 2008 ao parque nacional de Vatnajokull, que engloba quase 15% do território islandês.

Skaftafell tem lindas paisagens, inóspitas, mas mesmo assim interessantes.

Tive a impressão que no parque tinha mais vida: arbustos, pássaros, flores (congeladas). Depois lendo, dizem que o clima em Skaftafell é mais clemente que no resto do sul do país. Parece que o paredão de vulcões segura o vento e cria um microclima.

O contraste entre arbustos querendo sobreviver à falta de sol e de calor e entre as línguas azuis e frias das geleiras surpreende. Skaftafell é um oásis no meio de um deserto de gelo.

Já muitos tipos de paisagens que são equivalentes de um país a outro. Porém, as paisagens islandesas são únicas, não consigo comparalá-las com nada que já tenho visto.


Tento achar a explicação para essa unicidade islândesa. Talvez a sensação de vazio, os vastos espaços inabitatos que te transformaram numa cinza de vulcão naquele ambiente pitoresco.

Antes de chegar no parque, passamos por Fjaðrárgljúfur, nome impronunciável.
Esse lugar é um canyon esculpido pelas águas de geleiras no fim da era glacial. É um lugar magnífico, acho que o mais bonito que já vi na vida !

Me senti na cena do Senhor dos Anéis, quando Sam e Frodo navegam pelo rio Anduin e passam pelas estátuas dos reis. Maravilhoso. 

Sul da Islândia - 05/14: A caminho de Fjaðrárgljúfur e "floresta" de musgos.

Fjaðrárgljúfur - 05/14: Canyon e rio vistos de cima da montanha. A profundidade do canyon é de 100m. Antigamente o volume do rio era mais importante e ocupava toda a altura.

Fjaðrárgljúfur - 05/14: Canyon visto da altura do rio.

Fjaðrárgljúfur - 05/14: O majestuoso Fjaðrárgljúfur!

Um pouco mais de paisagens islândesas …

Sul da Islândia - 05/14: Como é possivel assimilar tantas informações em 5s? 

Sul da Islândia - 05/14: Casinhas e montanha, cenas tipicas da islândia ... 

Sul da Islândia - 05/14: Mais uma cena bucolica, dessas que você se pergunta porque passa 10h do seu dia dentro de uma sala fechada.

 Sul da Islândia - 05/14: Acho que ficamos uma meia hora parados olhando esse monte. Ele surge do meio do nada ...

Sul da Islândia - 05/14: ... do meio do nada mesmo. Terra preta dos dois lados e o monte majestuoso entre ela.

Sul da Islândia - 05/14: Quase na entrada de Skaftafell ja dava para admirar uma lingua de geleira do parque Vatnajokull. 

Skaftafell - 05/14:  Trilha pelo parque e admirando uma das poucas espécimes de arvores.

Skaftafell - 05/14: Uma das inumeras cascatas que cruzamos no passeio no parque.

Skaftafell - 05/14: Vista do parque de um ponto mais alto. A mancha escura ao fundo é a cascata Svartifoss (cascata negra). Detalhe, em maio a vegetação ainda tem aspecto invernal ... pouco verde em perspectiva.

Skaftafell - 05/14: Svartifoss!! A magnifica queda d'agua do parque. 

Skaftafell - 05/14: Detalhe para as paredes de formação basaltica. Blocos octagonais caem frequentemente, transformando esse cenario de geométrico, quase um Lego ...

Skaftafell - 05/14: No mirante, vista da lingua de geleira (Skeidararjokull). Contraste de paisagens.

Skaftafell - 05/14

Skaftafell - 05/14: Vontade de voltar para la ...

27 de agosto de 2014

Leitura (5): Os ultimos quartetos de Beethoven

Os últimos quartetos de Beethoven é um livro que reune dez contos de Luís Fernando Veríssimo. Os temas abordados vão do amor, sexo à política e fantasia.

Eu não gostei desse livro. A maioria das histórias acabam abruptamente. No começo elas te envolvem, você acha que algo interessante saíra delas, mas o final é decepcionante ou simplesmente não tem desfecho nenhum.

Não é um livro genial e as partes boas não são suficientes para mudar a percepção da obra.


Não marquei nenhuma passagem que me interessou e não recomendo o livro.

23 de agosto de 2014

Castelo de Pierrefonds

O castelo de Pierrefonds foi uma grande surpresa.
Pelas fotos parecia ser um castelinho, mas chegando à cidade, fiquei boquiaberta com a imponência do castelo.

Ele foi contruído em 1393 e era destinado à observar o comércio entre Flandres e a Bourgogne.

Em 1616 ele foi atacado, desmantelado e esquecido por séculos, até que Napoleão (quem mais se não ele) decide transformar as ruínas românticas numa residência secundária. Em 1857 o arquiteto Viollet-le-Duc faz reviver o magnífico e imponente castelo medieval.

Dizem que o castelo da Bela Adormecida foi inspirado nesse no château de Pierrefonds, não duvido não, pois ele é tão lindo …

Pierrefonds - 11/2013: Castelo de Pierrefonds visto do estacionamento. Eh uma pena, mas de outros pontos da cidade so dava para ver as torres dele.

Pierrefonds - 11/2013: Uma das portas das muralhas do castelo, muito impressionante. Fui transportada para a época medieval.

Pierrefonds - 11/2013: Porta de entrada do castelo.

Pierrefonds - 11/2013: Ponte elevadiça da entrada.

Pierrefonds - 11/2013: Patio de entrada. A frente os apartamentos, à esquerda a cozinha e grande salão e à direita uma capela.

Pierrefonds - 11/2013: Sala de guardas, destinada aos soldados.

Pierrefonds - 11/2013: Efigies trazidas da coleção que o rei Luis Felipe deixou em Versailles.

Pierrefonds - 11/2013: Face de entrada da capela.

Pierrefonds - 11/2013: A capela.

Pierrefonds - 11/2013: Escultura de leão alado exposta num dos apartamentos do castelo.

Pierrefonds - 11/2013: Corredor grande, restaurado.

Pierrefonds - 11/2013: Sala das proezas. Antiga sala de justiça que servia de salão de festa durante o Segundo Império Napoelônico.

Pierrefonds - 11/2013: Chaminé da sala e sobre ela estatuas que representam os "Nove da Fama". Figuras historicas que juntas representam o ideal da cavalaria medieval.

Pierrefonds - 11/2013: Esculturas de cavaleiros medievais.

Pierrefonds - 11/2013: Sala da caça e leão imponente na entrada do salão.

Pierrefonds - 11/2013: Sala da sproezas vista por inteiro. As banquetas projetadas por Viollet-Duc são os unicos moveis que restam da coleção de armaduras de Napoleão. Detalhe para as esculturas na madeira que circundam a sala.

Pierrefonds - 11/2013: Maquette do castelo de Pierrefonds.

Pierrefonds - 11/2013: Fim da visita ...

20 de agosto de 2014

Leitura (4): A Divina Comédia

A Divina Comédia é um grande clássico da literatura, mas até então nunca tive a oportunidade de lê-lo. 
A obra influênciou muitos artistas dos séculos passados e ao longo das minhas viagens ouvi muitas citações à obra de Dante.

Me arrependo de não ter lido este livro antes. Ele teria ajudado a entender muitas alegorias e simbologias presentes nas obras de Giotto, Da Vinci, Rodin e de outros menos conhecidos que pintaram igrejas mundo afora.

Eu, reles mortal, não tenho nenhuma pretensão à analizar essa obra, vou apenas expor minha simplória impressão sobre o livro.

Achei o livro chato de ler. Ele é escrito em versos, numa edição antiga do portugûes e com várias inversões de frase que o tradutor aplicou voluntariamente para manter a métrica do texto original. Somado a isso há muitas citações mitológicas, citações das personalidades contemporâneas e conterrâneas de Dante e menções bíblicas.

Um livro difícil de ler se você não está habituado à poesia, se você não conhece a história da « Itália da época » e se você não tem cultura mitológica suficiente.

Apesar da dificuldade e da vontade de pular alguns versos e capítulos, reconheço a genialidade da obra, de Dante e de sua importância na época (era a primeira vez que alguém escrevia poesia – expressão dos cultos – em língua popular e não em latim).

Dante é o personagem principal do livro. Durante sua jornada, ele passa pelas portas e círculos do Inferno, acompanhado por Virgílio até o Purgatório. Na entrada do céu encontra Beatriz, musa inspiradora que o guia pelos céus do Paraíso até seu encontro com a Santíssima Trindade.

Nesse livro gostei de ver a mistura que ele fazia entre o « profano » (mitologia grega), o « popular católico » (sete pecados capitais) e as simbologias cristãs (imagens e contos da igreja). Vi essa correspondência de imagens quando visitei Pádova e os trabalhos de Giotto e Galileu.  Pesquisando depois, descobri que existem confabulações de que Giotto e Dante fossem amiguinhos, um e outro contribuindo para suas respectivas obras.

Apesar da dificuldade gramátical e do conteúdo, é um livro que deve ser lido pela « cultura geral » que propicia. Talvez um dia eu lerei uma versão explicativa em prosa, para entender melhor os mundos paralelos que Dante criou e os inúmeros círculos do inferno, purgatório e céu.

« Quem firmeza não tem nos pensamentos,
Do fim se aparta, a que alma se endereça
E, assim, malogra, instável, sem intentos. »

« O mundo de virtude esta deserto ;
Tens sobeja razão, quando o lamentas,
Impa de mal, de vícios é coberto.

« Ao céu » - disse – « não vês que foste erguido ?
Ignoras tu que o céu em tudo é santo
E a caridade a tudo há presidido ?

16 de agosto de 2014

Canadá: Ottawa, capital do pais

Ottawa foi escolhida como capital do Canadá pela rainha Vitória em 1857. Sua história é parecida com a de Brasília, não tinha nada no local e começaram a construir tudo do zero.

Três coisas me chamaram a atenção em Ottawa:

-  A capital é mais americanizada que o Quebec. A arquitetura dos prédios e ruas me faz pensar mais nos USA que na Europa.

- A visita do prédio do parlamento é muito interessante. Eles explicam bem a história e o contexto político do país. O Canadá é uma federação, com democracia parlamentar e monarquia constitucional. A rainha britânica é a chefe do Estado e há um primeiro ministro que efetivamente governa o país.

-  O museu canadense das civilizações, que conta a história dos povos que habitam/habitaram o Canadá.

Ottawa - 12/2013: Rua de Ottawa - avenidas largas, prédios altos, carros grandes.

Ottawa - 12/2013: A caminho do parlamento. Achei tão bonito o contraste da neve e as grades ... 

Ottawa - 12/2013: O parlamento. Um incêndio em 1916 destruiu o prédio inicial e este foi substituido pela versão atual em 1920.

 Ottawa - 12/2013: Câmara dos Comuns. Parte do governo que tem mais voz no pais. Os deputados são eleitos diretamente pelo povo. Eles representam as provincias do Canada. No Canada um politico não pode ocupar mais de uma função no governo (na França eles podem acumular quantos cargos eles quiseram ...).

Ottawa - 12/2013: Quadros da realeza espalhados pelo parlamento. Rainha Elizabeth II à direita da foto. 

Ottawa - 12/2013: Quadro da Rainha Vitoria. Parece que durante o incêndio, os ocupantes correram para salvar esse quadro que é um dos unicos retratando a rainha Vitoria jovem.

  Ottawa - 12/2013: Câmara do Senado. São 24 senadores por provincia e um para cada territorio. Os senadores são escolhidos pelo Primeiro Ministro e devem satisfazer inumeros critérios como idade, residência principal na provincia, valor do bem residêncial, etc. Reparem que ao fundo da foto ha tronos para o chefe do Estado (A rainha).

Ottawa - 12/2013: Museu ao lado do Paralamento. Achei bonita a vista. 

Ottawa - 12/2013: Monumento à guerra e bandeira do Canada.

Ottawa - 12/2013:  A colina do parlamento vista de uma das margens do rio Ottawa.

Ottawa - 12/2013: Colina do parlamento, ponte e rio congelado.

Ottawa - 12/2013: O museu canadense das civilizações. Esse museu retraça a historia do pais de maneira bem criativa. 

Ottawa - 12/2013: O museu e a colina ao fundo.

Ottawa - 12/2013: Roupas e objetos dos povos nativos. Povos indigenas e colonizadores se relacionaram de maneira pacifica durante a colonização do pais. Isso permitiu a esses povos manter seus costumes. 

Ottawa - 12/2013: Luges que os inuits usavam para se locomover na neve. 

Ottawa - 12/2013: Raquetes (para andar sobre a neve sem afundar) e sapatos de pele. 

Ottawa - 12/2013: Escultura retratando povos indigenas. 

Ottawa - 12/2013: Escultura retratando o parto de uma nativa.

Ottawa - 12/2013: Tenda e objetos dos nativos. 

Ottawa - 12/2013: Alfabeto inuit (atenção, os inuits são apenas um tipo de povo indigena, existem muitas outras etnias).

Ottawa - 12/2013: Totens/ 

 Ottawa - 12/2013: Reconstrução de uma cidade do Canada apos a colonização. Para explicar cada época da historia canadense, eles construiram cidades em tamanho real. Uma maneira muito criativa de apresenta a historia e os objetos da época. Podemos entrar nas casas, ver objetos, ler sobre a historia do pais e de personalidades marcantes. Grandioso!

Ottawa - 12/2013: Cidade museu.

Ottawa - 12/2013: A colina do parlamento no final do dia e fim do passeio no Canada.