24 de dezembro de 2013

Feliz Natal!!!

O Natal está chegando e esse ano, ao invés de colocar fotos de decoração de Natal, resolvi vasculhar minhas fotos e fazer uma retrospectiva dos últimos dez Natais.


 2003 – foi o primeiro Natal que passei longe da família. Senti falta da ceia, da troca de presentes, da casa cheia, da barulheira e até das brigas.
Minha ceia de Natal foi um pedaço de pizza, preparado sem muito carinho, pois queriam fechar logo o restaurante.
A parte surpreendente foi que eu consegui um ingresso para entrar na missa do galo do Vaticano. Vi o papa, vi um mundo de gente, foi emocionante, inesquecível.



2004 – segundo Natal fora de casa. No anterior a festa não poderia ter sido mais natalina, então para contrabalancar, passei o Natal na Turquia, país muçulmano que não comemora a festa cristã.
Não havia decoração nenhuma, era um dia como outro qualquer.
Para não passar a data em branco, fomos atrás de um mercadinho (turco!) e compramos uma garrafa de vinho na ilegalidade (lá não se vende alcool abertamente).
Passei a virada olhando para o estreito de Bósforo.

2005 – de volta à terra tupiniquim, festejei Natal com minha família e matei a saudade de todas as tradições. Muita comida, presentes, barulheira e familia!! 


2006 – ainda em casa, fizémos nosso tradicional Noel. Minha irmã tinha plantado um pinhão num vaso. Ele cresceu e virou nossa árvore de Natal …

2007 – voltei para a França e os Natais longe da família recomeçaram. Na medida do possivel tentava juntar os brasileiros que não tinham com quem festejar a data. O frio de fora só dava vontade de comer raclette … hum

 2008 – Mais um Natal francês, com direito à fois gras !
Aqui na França é tradição comer fois gras (figado de pato/ganso) no Natal. Eles também comem ostras, peru, buche (doce tipico da época), ...

2009 – reuni uns brasileiros sem família e refizemos a comemoração em casa com direito a muito mais fois gras.

2010 – nem comemorei Natal esse ano. No dia 25 partimos de viagem e só vi Papai Noel no aeroporto. Aliás, passei o dia no aeroporto por causa da neve …

2011 – comemoramos a ocasião com outros amigos brasileiros, a ceia foi muito bem preparada e tudo estava uma delícia. Tivemos direito à carne de javali e sobremesa sueca ( a casinha de biscoitos de gengibre).

2012 – Natal com metade da família, comendo bem e dando boas risadas.
Esqueci de tirar fotos da ceia, so tenho as fotos do aperitivo ... 


2013 – atualizo depois que voltar das férias!!


Feliz Natal para todos !!!

14 de dezembro de 2013

Albânia - Parte V: Butrint

Continuando a saga albanesa, fomos visitar Butrint, um sítio arqueológico no sul do país.

O parque de Butrint é outro ponto turístico que vale a pena visitar na Albânia e que ainda não é muito explorado. Como ele fica na fronteira com a Grécia (uns 5 Km) é mais visitado que Berat.

Butrint é inscrito no patrimônio da Unesco desde 1992, a cidade foi relatada por Virgílio, na Eneida. O local é fonte de inestimável informação sobre a vida entre os séculos V e I antes de Cristo.

Para mim, Butrint tem algumas semelhanças com o sítio de Angkor : construções (uma cidade inteira) que foram abandonadas e tomadas pela vegetação. É possível se transportar para a época e imaginar os bizantinos, romanos e gregos filosofando, carregando água em jarras, andando com suas túnicas brancas, fazendo bacanais, …
As diferenças são o tipo de arquitetura, o tamanho do sítio e a época. Butrint é mais antigo que Angkor e menos impressionante em termos de grandeza dos edifícios, mas vale a pena ser conhecido.

Butrint 08/12: Mapa do sitio arqueologico.

Butrint 08/12: Entrada do sitio arqueologico - coluna que sobrou e ponto de observação da muralha.

Quem visitou a Grécia, verá que é possível se projetar mais na época, pois muitas construções estão mais inteiras que as famosas colunas gregas. Também é agradável passear sob as sombras das árvores no calor de 40°C.

O sítio arqueológico fica bem perto de Saranda (uns 20 minutos de vã, que pertem a cada hora) e a entrada é barata (uns 5 euros). Além de visitar as ruínas e muralhas é possível fazer várias trilhas. Porém recomendo se preparar para enfrentar o sol escaldante.

As explicação são bem feitas e existe um caminho de visita específico a ser seguido.

Os principais pontos são :

Banhos romanos

Butrint 08/12: Ruinas dos banhos romanos.

Teatro romano : construído no século III A.C., esse teatro recebia até 1500 pessoas. O interessante desse teatro são as inscrições gregas nas pedras indicando a libertação de escravos. É uma espécie de carta de alforria. Butrint foi o segundo santuário a ter liberado mais escravos na época grega (o primeiro foi Delfos).

Butrint 08/12: Caminho ao teatro romano.

Butrint 08/12: Inscrições de alforria dos escravos.

Butrint 08/12: Detalhe da pedra de alforria. 

Butrint 08/12: Detalhe das mascaras de teatro no que sobrou de uma coluna.

Butrint 08/12: Teatro.

Batistério : descrito pelos arqueólogos como uma jóia rara de toda a história paleo-cristã (século IV) por causa de suas colunas e principalmente pelo seu mosaico colorido simbolizando 64 medalhões de animais.

A decepção foi não ter visto os mosaicos que estavam tampados com areia para conservação. O sol descolore o piso, então ele deixam tampado. Aparentemente, de vez em quando eles descobrem o chão para o turista sortudo ter uma idéia da obra.

Butrint 08/12: Alguns mosaicos que sobraram em uma fonte de agua. A esquerda ha um touro et à direita uma face.

Butrint 08/12: O famoso batistério.

Butrint 08/12: O chão de mosaico do batistério que esta coberto com areia para evitar o desgaste.

Butrint 08/12: O batistério visto de outro ângulo.

Igreja Bizantina : construída nos séculos IV e V, é uma igreja de dimensões grandes para a época e tipo de estilo. Hoje sobreram apenas as colunas, o teto de madeira não resistiu ao tempo …

Butrint 08/12: Ruinas da igreja bizantina.

Butrint 08/12: Colunas da igreja bizantina.

Butrint 08/12: Igreja bizantina em perspectiva e detalhe para o leão de uma das colunas.

Muralhas e parque ecológico :foi uma das partes da visita que eu mais gostei. A paisagem é muito bonita e fiquei imaginando como deveria ser a vida na cidade, como o arqueduto romano que ligava à ilha ao continente deveria ser imponente, …

Em épocas onde território era poder, as muralhas eram muito importantes e por isso tão imponentes. Não é à toa que elas resistiram ao tempo.

Butrint 08/12: Muralha e parque ecologico. Um lugar muito calmo!

Butrint 08/12: Restos de muralha e montanhas ao fundo. Nessa parte ficava o famoso arquetudo que os romanos contruiram entre a ilha e o continente. Hoje ha apenas algumas colunas perdidas no mar.

Butrint 08/12: Uma das entradas da muralha. Paredes espessas.

Butrint 08/12: Entrada da porta principal da cidade. Escultura do famoso leão de Butrint, comendo um boi.

Butrint 08/12: Entrada da porta do leão e templo à direita.

Acrópole e museu arqueológico : ponto mais alto da ilha, o ponto onde era antes uma acrópole agora virou museu arqueológico de Butrint. Há alguns objetos encontrados nas escavações do sítio, mas muita coisa se perdeu com o roubo de 1997.
Do alto é possível admirar a vista do parque ecológico.


Butrint 08/12: Castelo veneziano construido para trabalhos de prospecção arqueologica.

Butrint 08/12: Parque ecologico visto do alto da acropole.

Butrint 08/12: Bandeira albanesa e parque.

30 de novembro de 2013

Albânia - Parte IV: Saranda

Apenas duas vãs partem de Berat para Saranda. A primeira saía as 8h30 e a segunda às 21h30.
A gente não podia perder o primeiro transporte, senão perderíamos um dia de viagem e de hotel.
Chegamos um pouco mais cedo para garantir nosso lugar. Não deu outra, em quinze minutos os negócio lotou e teve gente que não podia entrar na vã (já tinha uns dez de pé).

O motorista, viciado em celular, passou uns trocentos telefonas e parece que arranjou um amigo para levar os extras.
Porém os extras seriam pegos numa outra cidade, então a vã partiu lotadíssima.

Apesar disso, o motorista parava para todo mundo e mais gente entrava, às vezes outras saiam.

A viagem seguiu lentamente e no melhor ritmo para para uns entrarem e para outros descerem. Foram mais de 6 horas de viagem para percorrer 214Km. Um verdadeiro teste de paciência !

Pelo menos algumas coisas engraçadas aconteceram no trajeto e as paisagens montanhosas conferiam uma distração na viagem lenta e entediante.

As estradas que pegamos eram muito mau cuidadas e na maioria das vezes não terminadas. Pegamos vários trechos de estrada de terra. Os motoristas conduziam como uns loucos. Num momento, havia três carros emparalhados (um deles nossa vã) na pista, um deles ocupava o sentido oposto da rodovia !

Algumas pessoas (crianças) tentavam vender produtos para os carros. A tática que usavam era bloquear uma via da estrada com pedras. Assim os motoristas eram obrigados a reduzir a velocidade … o que gerava trânsito, pois apenas uma via da estrada estava aberta para os dois sentidos.

Albânia - 08/2013: Prédio em forma de barco, em algum lugar no interior da Albânia, entre Berat e Saranda. 

Albânia - 08/2013: Vendinha na beira da estrada.

Albânia - 08/2013: SH4, a estrada da morte albanêsa (na verdade todas as estradas são mortais por la).

Albânia - 08/2013: Criançada bloquando a estrada para vender frutas. Recomendo um zoom no menininho do meio. 

Albânia - 08/2013: Paisagem albanesa, entre Berat e Saranda.

Albânia - 08/2013: Vendedores na beira da estrada. Muito mel!

Albânia - 08/2013: Paisagem albanesa, entre Berat e Saranda.

Albânia - 08/2013: Paisagem bucolica albanesa e igrejinha, entre Berat e Saranda.

Saranda é o point da riviera albanesa e é uma estação balneária que acolhe muitos turistas. Ela atrai albaneses, gregos e ingleses. Vimos também muitos italianos. O sul da albânia fica a uns 10km da fronteira grega e é bem próximo à Corfu. A ponta da bota italiana (Bari) também fic a perto e a italianada vem gastar seus euros no país barato.

A cidade foi construída por volta dos séculos III et IV, mas hoje há poucos resquícios dessa época.

O que me impressionous em Saranda foi a construção anárquica dos prédios. Eles destruiram as paisagens e construíram prédios de maneira pouco pensada para acolher a quantidade de turistas que não para de crescer.

Eu acredito que não há nenhum planejamento urbano nessa cidade. As contrutoras fazem o que querem e o visual é muito poluído e feio. Por exemplo, o nosso hotel tinha uma fachada arrumada, uma praia privada (de águas clarinhas), mas atrás dele, a rua era de terra, esburacada, com um prédio atrás não acabado e um enorme lixão.

Em Saranda, você precisa limitar seu campo de visão. Como numa foto, você corta o que é feio e só mostra o que é bonito. Se eu mostrar apenas minhas fotos bonitas, vocês pensarão que Saranda é um lugar muito bonito.

Saranda não tem nenhum interesse histórico. Foi uma destinão para relaxar e curtir o ambiente praiano. Ele também foi ponto de partida para outros pontos turísticos do sul da Albânia, como Butrint (farei um post específico para esse lugar incrível).


Algumas fotos e explicações nas legendas :

Saranda - 08/2013: Porto antigo de Saranda. Muitos prédios e barquinhos.

Saranda - 08/2013: Riviera albanesa.

Saranda - 08/2013: Uma das vistas do nosso hotel, ainda sem prédios.

Saranda - 08/2013: Praia do hotel e varios guarda-sois.

Saranda - 08/2013: Praia do hotel de Saranda. Agua clarinha e bem quente.

Saranda - 08/2013: Lixão atras do hotel. E sim, são vacas (!!!) comendo o lixo.

Saranda - 08/2013: Riviera albanese à noite. Muito mais agradavel de andar sem o calorzão do dia.

Saranda - 08/2013: Mercadinho de Saranda, muitas frutas, especiarias e oleo. 

Saranda - 08/2013: Mercadinho de Saranda, detalhe para as azeitonas.  

Saranda - 08/2013: Pôr-do-sol.

Para terminar o post, deixo aqui o hit do verão 2013 Albanês: