30 de julho de 2011

25 Challenge: #3 POCCИЯ - Parte III (Moscou)

MOCKBA (Moscou) - Partie III

Ir para Russia e não visitar Moscou é como ir à praia sem entrar no mar ... não tem graça.
São Petersburgo é uma cidade romantica, planejada para ser bela. Ela é até considerada a Veneza do Norte, pela sua arquitetura e pelos seus canais completamente planejados por Pedro o Grande.
Moscou é cubica e mais rude, mas tem seu charme justamente por ser diferente das grandes capitais européias. Talvez sejam os resquicios do legado comunista ...

Chegar em Moscou não foi sem menos emoção que chegar em São Petersburgo. Tudo começa, alias, em São Petersburgo quando nos encaminhavamos para o aeroporto.
Diferente da chegada, quando pegamos um taxi, na partida decidimos fazer como os russos e usar transporte publico (19 rublos a passagem de onibus enquanto 1000 rublos o taxi, a escolha é feita rapidamente nessas circunstancias!).
 
 12/2010: Bilhete de ônibus em São Petersburgo-Russia.

 A aventura começa ai ... a maravilhosa infraestrutura turistica russa (um simples desenho de avião) nos indicava que o caminho do aeroporto consistia em descer na estação Московская e pegar um onibus.
Chegar na estação não foi dificil depois de memorizar bem como ela era escrita.

 
 12/2010: Buraco de mêtro em São Petersburgo - Russia. Fundo ...

Dificil foi descobrir em qual ponto o onibus passava. Depois de alguns minutos parados igual bobos num ponto perto do metro e cercados de pessoas bizarras, eis que a esperança aparece.
Аэропорт estava marcado num onibus, felizes fizemos um sinal ... o onibus não parou. Ele so foi parar num ponto mais ao longe.
Então corremos até o outro ponto, pois a experiencia brasileira indica que cada onibus tem seu ponto especifico.
Mais 15min e eis que surge o Аэропорт. subimos contentes e felizes. Porém, 2 segundos depois fomos escorraçados do onibus aos gritos e felizmente não entendi o que significava.
Tentamos nos comunicar em todas as linguas que podiamos, mas a unica linguagem que deu certo foi a gestual. Com um belo cruzar das mãos entendemos que o ponto final era ali.
Com outra apontada de braço descobrimos onde se pegava o bom onibus.
Mais 15 minutos e orelhas congeladas, entramos no onibus quentinho, à la brasileira, bem lotadinho.
Me lembrei do Brasil e dos onibus que eu pegava nas manhãs de frio: vidro embaçado, todo mundo com cara e bafo de sono, um ou outro motivado cantando, uns batendo cabeças no vidro, cobrador reclamando que não tem troco (isso eu supus).
 Chegamos vivos ao aeroporto. No painel não encontramos nosso numero de vôo, mas tinha um anunciado no mesmo horário e mesma destinação, então resolvemos ir ao guichê desse vôo.

É óbvio que a tiazinha do guichê não falava inglês. Aliás, abro um parênteses aqui, ninguém, ninguém fala inglês na Russia. Não adianta pedir informação na rua, em restaurantes e bares, em museus, muito menos aeroporto! Acho que o único lugar que podem falar potencialmente inglês são nos hotéis, mas procure pelo menos um três estrelas ...

Voltando à história, demos nossos passaportes e o bilhete eletrônico para a tiazinha e aparentemente nossos nomes não estavam na lista de embarque. Que bom, que ótimo!
Pedimos para a mulher verificar direito, mas como ela não entendia o que falávamos, chamou uma amiguinha. A amiguinha falava pouco, muito pouco inglês. Ela pegou nosso papel e sumiu.
Enquanto esperávamos, eu me divertia com o estilo russo de ser: aquelas mamas grandes que ficavam ainda enormes com os casacos de fourrure (casaco de pele, lindos!) furando fila, pessoal que nunca andou de avião e não sabia o que fazer com mala e passaporte, criancinhas remelentas, moças chiques de Prada, homens com cara de mafioso, homens bêbados de vodka.
Meia hora de angústia depois a amiguinha volta e nos dão um papel para embarcar ... ufaaaa!

Antes de embarcar, na Russia também tem controle, no aeroporto deles tem aquela máquina de raio X que vê a pessoa pelada. Antes de passar pelo controle, uma placa (escrita num inglês macarronico) indicava que não foi constatado nenhum dano físico em pessoas que utilizaram menos de 100 vezes a máquina e que as pessoas não eram obrigada a usá-la se não quisessem.
Eu não queria tomar raio X de graça, estava convicta em recusar a passagem pela máquina. Comecei a me despir (tirar bota, casaco, cachecol, bolsa, etc) e disse para o policial que eu não queria o raio X (Niét e apontava com o dedo ... a cena deve ter sido muito tosca).
Óbvio que ele me fez passar pela máquina!

O avião era um Antonov pequenininho, eu estava com medo de voar nele, mas no final ele era surpreendentement estável.

 Moscou 12/2010: Avião russo AN148.

 O mais engraçado foi que chegando em casa eu abro meu e-mail e vejo que uma mensagem da companhia aèrea indicando que nosso vôo tinha sido cancelado.
Além disso, nos jornais diziam que um dia antes do nosso vôo, tinha acontecido o maior quebra pau no aeroporto de São Petersburgo por causa de problemas de gel (congelamento) de pista/avião, o que fez atrasar todos os vôos ...
 Por isso que nosso avião não estava anunciado, por isso nosso nome não estava na lista e por isso que o aeroporto estava mega lotado.

Chegamos em Moscou são e salvos.
Para ir à cidade, pegamos uma espécie de RER, só que muito mais confortável, cheiroso e bonito. Veja algumas fotos do trajeto:
 
Moscou 12/2010: Vista do trem a caminho de Moscou. Tudo branquinho ...

 Moscou 12/2010: Vista do trem a caminho de Moscou.Trem e prédios bem quadrados ...

Voilà, o post ficou enorme ... a proxima parte terá mais fotos e menos blá, blá, blá.

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