24 de julho de 2013

30 Memórias dos 30 (14)

segunda parte das historias do Misticus ...

História 3: O dia que eu conheci o HU (Hospital Universitário)

Quando o assunto é exame de sangue ou cortes, me sinto mole, dá aquela aflição na veia do braço e muitas vezes eu desmaio só de ouvir falar.

Dessa vez não foi diferente. Quando você é jovem, você é mais simpático e dá trela facilmente para as pessoas. Eis que uma menina nova senta ao meu lado no fretado. Apesar de ser 6 da manhã, nos engajamos no maior papo.

Papo vai, papo vem, ela começa a me contar a história da doação de sangue que ela fizera. Eu ouço paciente e aí começo a passar mal. Já estávamos na Cidade Universitária e como par hazard, estávamos perto do Hospital Universitário.

Quando eu caí de batata no banco, minha amiga pede para parar no HU e pede ajuda para me descerem. Mais uma vez o casal de namorados no ajuda.

Fico lá na sala de espera, toda branca, mole e suando. Depois de mil horas de espera, um médico (bonitão) me atende. Explica a história (vergonhosa) para o médico e é óbvio que eu não tenho nada e só fiquei impressionada com a história.

Perdi uma manhã de aula à toa. Pelo menos, depois disso meus amigos sabiam que não adiantava me levar no hospital quando eu desmaiasse por causa de sangue.

História 4: O dia em que o ônibus se revoltou contra nós

Já era o final do primeiro ano de Poli, ou segundo ano, não me lembro direito. As panelinhas do fretado já estavam formadas: o Everest, a menininha da matemática, o casal que se pegava e nós, as três lindas e simpáticas da engenharia (vide esse post, para mais detalhes).

Era um dia depois das provas, estávamos cansadas e com a língua solta.

Durante as duas horas de trajeto, não paramos de conversar e de dar risadas. Naquele estilo bem jovem e às vezes histérico de ser ...

Só sei que no meio do caminho eu começo a sentir minha cadeira balançar e uma pressão nas costas. Eu me digo, ah é o Everest que está sentando atrás de mim. Ele é grande, troncudo, deve estar colocando o joelho contra minha poltrona.

Bom, a pressão não passa e para não me irritar, desencosto do banco. Conversa vai, conversa vem, gargalhadas à solta.

De repente, o Everest levanta-se com todo sua massa e volume e grita: “Dá pra parar de TAGARELAR?”.

Huumm que medo. Minha amiga, educadíssima pede desculpas para ele.

A menininha da matemática não deixa de aproveitar a situação e lança: “Vai ter que pedir desculpas para mim também”, com direito às pontas dos dedos encostadas no peito.

Aí ficamos quietas, mas não tinha problema, desceríamos logo e não veríamos as figuras por um tempo ...

PS: lembrei que o nome do motorista era Adimir e não Vladimir.

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